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O que é a síndrome de burnout?

O que é a síndrome de burnout?
11, jan, 2024
4 min. de leitura

Caracterizada pela exaustão mental, a síndrome é uma doença ocupacional que pode trazer muitos prejuízos

A síndrome de burnout é um estado de exaustão física, mental e emocional causado por um prolongado período de estresse crônico no ambiente de trabalho. Caracteriza-se pela sensação de esgotamento, desânimo, falta de energia, apatia e redução do desempenho profissional.

Geralmente, é resultado da sobrecarga de tarefas, pressão excessiva, falta de reconhecimento, ou até mesmo pela ausência de controle sobre as atividades realizadas. Os sintomas podem afetar a saúde mental e física do indivíduo, prejudicando seu bem-estar, relacionamentos e produtividade, sendo fundamental a busca por ajuda profissional para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dessa condição.

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Principais causas da síndrome de burnout

A síndrome de burnout é provocada, acima de tudo, por exaustão e sobrecarga no ambiente de trabalho. Entretanto, este esgotamento mental pode ser muito mais abrangente. Dentre suas principais causas, podemos destacar:

  • Excesso de trabalho: carga horária extensa, prazos apertados e pressão por resultados constantes podem levar ao esgotamento físico e mental;
  • Ambiente de trabalho estressante: clima organizacional negativo, falta de apoio ou recursos e relações interpessoais complicadas podem contribuir significativamente para o desenvolvimento do burnout;
  • Desbalanceamento entre vida pessoal e profissional: dificuldade em separar as demandas do trabalho da vida pessoal, resultando em constante estresse e falta de tempo para descanso e atividades de lazer;
  • Falta de controle e autonomia: quando os profissionais não têm controle sobre suas tarefas, métodos de trabalho ou autonomia para tomar decisões, gerando sentimentos de desamparo e frustração;
  • Expectativas irreais: pressão por metas inatingíveis, falta de clareza em relação às expectativas do trabalho, falta de alinhamento entre habilidades e demandas do cargo podem aumentar o estresse e a exaustão;
  • Ausência de reconhecimento: a falta de reconhecimento pelo trabalho realizado pode desmotivar e contribuir para o desenvolvimento da síndrome de burnout.

Prejuízos para o trabalhador

A síndrome de burnout promove uma série de prejuízos significativos para o trabalhador, afetando não apenas sua saúde física e mental, mas também seu desempenho profissional e qualidade de vida. Em termos de saúde, os impactos podem ser múltiplos, incluindo fadiga crônica, distúrbios do sono, dores musculares, problemas gastrointestinais, além de comprometimentos emocionais como ansiedade, depressão e irritabilidade.

A exaustão constante pode levar a um enfraquecimento do sistema imunológico, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças. Socialmente, o burnout pode afetar relacionamentos interpessoais, pois a pessoa pode se sentir isolada, desmotivada para interagir e enfrentar dificuldades em manter uma vida equilibrada entre trabalho e lazer.

Além dos aspectos de saúde, o trabalhador em burnout frequentemente enfrenta dificuldades em seu ambiente profissional. O desgaste emocional resultante dessa condição pode levar a uma redução significativa no desempenho no trabalho, queda na produtividade e erros frequentes. A falta de motivação e energia pode impactar diretamente na qualidade do trabalho realizado, comprometendo o cumprimento de prazos e metas estabelecidas.

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Direitos trabalhistas para pessoas acometidas com a síndrome de burnout

No Brasil, a legislação trabalhista reconhece a síndrome de burnout como uma doença relacionada ao trabalho. Os trabalhadores acometidos por essa condição podem buscar amparo na Previdência Social, podendo ser afastados de suas atividades laborais mediante a apresentação de atestado médico que comprove a incapacidade temporária para o trabalho.

Durante o período de afastamento, é assegurado ao trabalhador o recebimento do auxílio-doença pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), garantindo uma compensação financeira durante a licença médica para tratamento e recuperação.

Além disso, a legislação brasileira também estabelece a responsabilidade das empresas em promover um ambiente de trabalho saudável e seguro. As organizações têm o dever de adotar medidas preventivas para evitar o surgimento do burnout, como a implementação de políticas internas de saúde mental, programas de prevenção ao estresse, ações de conscientização e estratégias para redução da carga horária ou reestruturação das atividades laborais.

Como lidar nesses casos

De maneira individual, os profissionais devem priorizar o autocuidado e reconhecer seus limites, aprendendo a estabelecer fronteiras saudáveis entre trabalho e vida pessoal, como forma de prevenir a síndrome de burnout.

Isso pode envolver práticas regulares de autocuidado, como exercícios físicos, meditação, hobbies relaxantes e a busca por atividades que proporcionem prazer e desconexão do ambiente profissional. Além disso, é crucial buscar ajuda especializada ao perceber os primeiros sinais de exaustão, seja por meio de acompanhamento psicológico, suporte de grupos de apoio ou buscando orientação médica para lidar com os sintomas físicos e emocionais.

Reconhecer a importância de cuidar da saúde mental é o primeiro passo para lidar de forma eficaz com a síndrome de burnout, tanto no âmbito individual quanto no coletivo, promovendo assim um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

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Fontes:

GR Advogados

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